LEIA COM ATENÇÃO!

Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” Hb 12:15. 

            O jardineiro conhece o solo onde se deve plantar, bem como a semente a ser plantada em seu jardim. Entretanto, mesmo sendo conhecedor dessas coisas, vira e mexe é surpreendido com algum tipo de erva ou planta que nasce como que do nada entre as sementes por ele plantadas.

          E aí começa sua dor de cabeça. Separar “o joio do trigo”, a erva daninha de suas árvores frutíferas e flores formosas. Para que o trabalho seja feito com eficácia é preciso arrancar a erva pela raiz.  De nada adianta cortá-la. Na verdade, é perder tempo, pois logo, logo volta a crescer com toda sua força. É preciso cavar fundo e extraí-la pela raiz. Uma vez que a raiz é removida a erva venenosa nunca mais brotará.

          A maior dificuldade para extrair uma erva venenosa não é tanto a profundidade que sua raiz está; o problema está no processo de extração, pois é cansativo, desgastante e toma um bom tempo de quem se dispõe a extraí-la. Mas vale a pena todo o esforço empreendido, visto que o objetivo é salvar as demais plantas ao entorno da raiz venenosa e o jardim como um todo.

          O escritor aos Hebreus, ao falar sobre a raiz de amargura, tinha em mente as plantas venenosas que tantos males causavam ao solo, às demais plantas ao seu entorno, e até quem, equivocadamente, a ingerisse.  Trata-se de uma linguagem agrícola, muito familiar aos judeus, cuja atividade agrônoma é conhecida de todos. Os judeus são um povo campesino, desde sua origem em Abraão.

Sabedor do risco que raízes venenosas causavam, o escritor traça uma analogia, estabelecendo uma metáfora entre o real e o espiritual.

          A fim de proteger “o fruto do Espírito”, o cristão tem que estar atento à recomendação do escritor aos Hebreus: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” Hb 12:15.  O texto em apreço está dentro do contexto que trata da santificação.  O escritor chama a atenção de seus leitores para o fato de permitir que alguma raiz de amargura nasça em seu coração. A razão que o leva comparar a amargura à uma raiz, é o fato de que o mal nasce no profundo do ser, às escondidas, nos recônditos e recâmaras da alma e do espírito.  Isso enquadra a “raiz de amargura” em um pecado que precisa ser combatido e erradicado. De acordo com o escritor da epístola aos hebreus, quando alguém permite que a raiz de amargura brote em seu interior, automaticamente, se desencadeia uma série de complicações e consequências.

PRIMEIROo cristão é privado da graça de Deus. Não há como a graça de Deus coabitar com o mal. A raiz de amargura é semeada no coração humano.  Se o “solo” for “fértil”, Satanás entra em ação, “regando” com mensagens e sentimentos negativos, até que BROTE a raiz maligna.  A partir daí, é só questão de tempo para os “frutos venenosos” começarem a aparecer.

É, então, que a raiz venenosa de amargura inibe a manifestação e a presença da graça de Deus. Ao ser privado da graça de Deus, o cristão é tomado pela ira, orgulho, soberba, vingança, rebeldia, etc. Sem a graça de Deus, o “fruto do Espírito” de Gálatas 5 é contaminado e, lentamente, destruído. “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” Gl 5:22.

SEGUNDOo cristão passa a viver perturbado. “...de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe...” O desassossego é inadequado na vida de quem se diz discípulo de Cristo. Uma pessoa que vive perturbada revela desequilíbrio emocional, bem como estar controla por forças estranhas do mal.  Principados e potestades malignos assumem o controle da mente, levando a pessoa a fazer coisas quem nem os animais fazem.

          A perturbação como resultado da raiz de amargura tem sua origem no pecado.  Pecado escondido, armazenado, abrigado na alma faz brotar a raiz de amargura, que por sua vez se esparrama no homem interior.  Os efeitos devastadores do pecado são incalculáveis.  Já que o Diabo logrou êxito, fazendo a raiz de amargura BROTAR, a PERTURBAÇÃO tira do homem a paz e a graça de Deus. Já não se consegue viver para Deus. É algo impossível ao amargo de espírito usufruir das benesses da Graça de Deus, o remédio eficaz e poderoso para “matar” a raiz de amargura. 

Quando a pessoa não consegue relacionar-se com Deus, isso, rapidamente, é visto em seu relacionamento com o seu próximo.  Todo mundo é visto como uma ameaça, um inimigo em comum. Dessa forma a pessoa vive uma vida de isolamento de Deus e de seu ciclo de amigos. O sentimento de desprezo toma conta do ser, e a pessoa passa a buscar alguém com quem compartilhe suas frustrações.

Enquanto a raiz de amargura não for erradicada, o pecado, qual cancro, se desenvolve rapidamente, roubando a paz e alegria de quem, outrora, servia a Deus em novidade de vida.

          É preciso ser consciente e enérgico contra o pecado que “tão de perto nos rodeia”. “PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta,  Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” Hb 12:1,2.

TERCEIRO, o cristão torna-se portador de um “vírus” – “...e por ela muitos secontaminem”.

A raiz de amargura é a causa de ressentimentos. Mas o que é ressentimento? Segundo os principais Dicionários online é “s.m. Ação ou efeito de ressentir(-se). Angústia, mágoa, ocasionada por uma ofensa, por uma desfeita, por um mal causado por outrem – rancor”.

 É como uma galinha que choca ovos, aguardando seus pintainhos sair da casca. Uma pessoa ressentida “choca raiva” sobre um fato que lhe causou mal, provocado por ação de outrem. Esta raiva produz um espírito ruim dentro de si. Daí aparece um espírito de hostilidade e frieza para com Deus ou o próximo.

Sem a graça de Deus, vivendo perturbado, o cristão segue seu caminho em busca de alguém com quem possa compartilhar sua amargura. Geralmente, esse tipo de gente se faz de vítima, se faz de coitadinho; é o “crente dodói”. Quem para seus compromissos para atender esse tipo de gente, precisa ser maduro o suficiente para ouvir e imediatamente repreender, à luz da Bíblia, o pecado de autocomiseração, além, é claro, da raiz de amargura que produz o ressentimento. O “espírito de ressentimento” tem que ser abortado para não gerar outras vítimas da raiz de amargura.

É preciso ser maduro, suficientemente, para lidar com esse tipo de gente. Em caso de falta de maturidade, a tendência é se tornar tão amargurado quanto ao que compartilha sua amargura.

          Não se pode alisar quem vive no pecado da raiz de amargura.  É preciso mostrar-lhe que sua vida está sendo destruída pois lhe falta, sobretudo, a graça de Deus.  É isso que o texto de hebreus nos ensina.

          A raiz de amargura passa a ser disseminada, contaminando a quem, sem maturidade, para pra ouvir ao amargo de espírito e absorve ideias preconcebidas e macabras de um espírito amargurado e ressentido.  É a desgraça que se alastra, fazendo a arruaça e trazendo ameaça ao que por perto passa. É o que acontece ao que vive sem a graça, maravilhosa graça!

Não permita, jamais, que tal sentimento negativo seja engendrado nas recâmaras da alma e recônditos do coração. Mergulhe no rio da graça de Deus! Sua vida será irrigada para gerar o fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5:22,23.

Postado pelo Pr. Wellington Silva. Acesse o blog dele e seja abençoado!
http://hammergm.blogspot.com.br/
           

O REI ESTÁ VOLTANDO!

0 comentários:

Postar um comentário